Relicários: memórias do som
O GIB vem se apresentado nos mais variados eventos como o SESC Partituras, por exemplo
“A partitura é o relicário da música
O instrumento é o relicário do som
O músico abre o relicário e liberta os sons
Os sons preenchem o Museu, relicário da arte
Em festa, imagens sagradas e sons – sagrados
Pelos ouvidos, pelos olhos, pelo tato
Viram memória no corpo – relicário da alma”.
(Maria Aída Barroso)
Mais um fim de semana com muita música clássica se aproxima. O projeto “RELICÁRIOS: MEMÓRIAS DO SOM”, traz, no próximo domingo, dia 22, ao Museu de Arte Sacra de Pernambuco, um concerto do GIB – GRUPO INSTRUMENTAL BRASIL. A iniciativa é incentivada pelo FUNCULTURA, FUNDARPE e Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco e conta com o apoio do Departamento de Música da UFPE.
Constituído por professores dos Departamentos de Música da UFPE e da UFPB, do Conservatório Pernambucano de Música, por músicos da Orquestra Sinfônica do Recife e profissionais atuantes no cenário nacional e da região, o GIB foi fundado em 2014 com a ideia de trabalhar um repertório musical em diversas formações, passando pela música de compositores brasileiros e erudita de concerto, promovendo a contextualização histórico-musical, a capacitação e a formação de plateia.
O GIB vem se apresentado nos mais variados eventos como o SESC Partituras, a 8ª Mostra de Música Leão do Norte (Sesc Pernambuco), Santander Cultural – Museu do Estado de Pernambuco, I e II Encontro Pernambucano de Metais (2015-2016), Conservatório Pernambucano de Música, Semana da Música da UFPE (2014 a 2016), Paço do Frevo e no projeto “Música para Metais nas Igrejas Barrocas do Estado de Pernambuco” (2016), incentivado pelo FUNCULTURA/PE , entre outras apresentações realizadas e agendadas no cenário musical nacional. A direção musical é de Rinaldo Fonseca.
Direção Musical: Rinaldo Fonseca
Augusto Macedo França (trompete)
Josias Adolfo Netto (trompete)
Rinaldo de Melo Fonseca (trompa e direção musical)
Mizael França (trombone)
Zilmar Medeiros (trombone baixo)
Iris Vieira (tuba)
Antônio Barreto (percussão)
RELICÁRIOS: MEMÓRIAS DO SOM
A ideia da série de concertos é apresentar um conceito de “museu vivo do som”. Da mesma forma que um relicário guarda objetos sagrados, a partitura preserva em si a música de diversas épocas e estilos. Durante os concertos os músicos trazem à vida o som guardado nessas partituras escritas no passado.
O projeto RELICÁRIOS apresenta a tradição da música clássica, revelando a genialidade de compositores como Bach, Vivaldi e Verdi ou os brasileiros Carlos Gomes, José Maurício Nunes Garcia e Guerra-Peixe. “Ao mesmo tempo, ele propõe a ideia de renovação com a inclusão de autores da cena atual, valorizando a música brasileira e pernambucana e dando vida a novas composições, possibilitando ainda a liberdade de diferentes experiências interpretativas”, explica a cravista Maria Aída Barroso, idealizadora e coordenadora da série de concertos.
“A criação de espaços e séries musicais que permitem o acesso da população a esta arte é fundamental para o aprimoramento do ser humano. A música é muito mais que um breve entretenimento, se revelando um estímulo à sensibilidade. Propomos esta série de concertos por acreditar profundamente nesse pensamento e na necessidade da divulgação desta arte se ampliar e chegar de forma mais intensa e eficaz ao público pernambucano”, completa.
Os concertos terão duração de uma hora e apresentarão peças para diferentes formações instrumentais, abrangendo as diversas famílias de instrumentos: cordas friccionadas, cordas percutidas, cordas pinçadas, sopros (madeiras e metais), voz, teclas e percussão. Todos os grupos e músicos foram selecionados por sua reconhecida atuação no meio cultural brasileiro, em trabalhos de performance, pesquisa interpretativa e/ou musicológica, sendo a maioria dos artistas professores, alunos e ex-alunos do Departamento de Música da UFPE.
Entre os grupos que se apresentarão até o mês de dezembro o Grupo de percussão LaptoP, Grupo vocal Opus 4, Grupo Canção Brasil, Quarteto Variante e Quarteto Encore. O projeto conta ainda com a participação de A Trupe Barroca, conjunto instrumental convidado de Vitória (ES).
PROGRAMA
Antônio Carlos Gomes (1836-1896)
Abertura da ópera “Fosca” – 1873
– Adaptação de Mizael França
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Toccata and fugue in D minor, BWV 565
– Adaptação de Dierson Torres
Wellington Mesquita (1985)
Símplice
– Obra Dedicada ao GIB
Marcos F.M. (1977)
Suíte noturna
– Anoitecer Misterioso
– Madrugada Solitária
– Morte da Noite
– Amanhecer Alegre
Glorinha Gadelha (1947) e Sivuca (1930-2006)
Feira de mangaio
– Adaptação de Mizael França.
Wellington Mesquita (1985)
Angélica – Choro
César Guerra-Peixe (1914-1993) Clóvis Pereira (1932)
Mourão
– Adaptação de Dierson Torres
SERVIÇO
Relicários: memórias do som
Dia 22 de julho, às 16h
Museu de Arte Sacra de Pernambuco(R. Bispo Coutinho – Carmo, Olinda – PE – 53030-000)
Entrada franca